Roer unhas: Alerta Emocional - Físico-Comportamental

Em todos os tempos sempre houve crianças e adultos que apresentaram o quadro de onicofagia, isto é roer as unhas com a sensação de obter um alívio interior, como se a pessoa resolvesse seus martírios levando os dedos à boca e mastigando com firmeza suas unhas e cutículas...querendo resgatar seu bem estar.

Toda criança desde o nascimento até completar quatro anos está passando por uma fase normal denominada Fase Oral , neste momento sente necessidades de colocar diversos objetos na boca e aprender a sentir seus desejos e vontades, nas gengivas o estímulo é deveras importante pois provoca desenvolvimento das arcadas, do tecido muscular e ósseo e em seguida dos dentes em conjunto com a respiração, mastigação, deglutição, gustação, e aprender a reconhecer o mundo exterior em relação aos sentimentos, nesta fase é de muita importância uso de mordedores de borracha e acompanhar a criança permitindo o estímulo para desenvolver fisicamente a cavidade bucal e ao mesmo tempo promover um equilíbrio de sensações que estimulem esta criança a crescer como um adulto que conhece suas carências e vai trabalhar para firmar sua auto-estima sem danificar seu corpo físico.

Quando a fase oral não se completa, e cada indivíduo é um mundo em particular e esta fase não se realiza de modo que haja um equilíbrio físico-emocional-comportamental, ocorre diversas transferências de necessidades íntimas que a criança manifesta por exemplo, chupar o dedo, roer unhas, mastigar pontas de canetas, mastigar chiclete em demasia, morder copos, chupar chupeta, necessidade de segurar fraldas, bichinhos de pelúcia, travesseiros junto ao rosto perto do nariz ou perto da boca, configura emocionalmente preencher afetos que teme não receber, e ao colocar na boca sente-se realizada, fisicamente pode ocorrer da mastigação ser muito rápida ou muito lenta promovendo alterações musculares e flacidez facial até ocorrer salivação externa queimando os lábios pois muitas vezes a mastigação é realizada com a boca aberta, efeitos que podem ser corrigidos de forma física e aprendizado com alimentos que exigem mastigação e alimentos que exigem sucção e atuação motora de alongamento e contração dos músculos.

Roer as unhas é um exemplo de necessidade íntima de equilibrar uma tensão emocional em conflito, uma necessidade da criança ou adulto colocar em palavras ou demonstrar em ações o que sente, o que precisa, como deseja alcançar sua liberdade dentro do quadro familiar, dentro da escola, no trabalho ou nas relações sociais, pois é mais fácil roer a si mesmo do que enfrentar a situação e dizer ao mundo qual a sua colocação, o que aceita e o que fere seus sentimentos, mas ao mesmo tempo, permitir ouvir outras idéias, se abrir ao mundo e aprender a perdoar aqueles que cerceiam sua liberdade pois a vida nos ensina quando estamos diante das limitações.

Quando encontrar alguém que por qualquer motivo coloca os dedos na boca e morde as unhas até romper a cutícula analise a situação bucal, a respiração nasal ou bucal, a satisfação com a vida atual, os medos reais ou imaginários, traumas de todas as ordens, a auto-estima, a carência afetiva por motivo real e por motivo de falta de amadurecimento, uma análise completa da infância até os dias atuais, jamais criticar, julgar ou colocar esta pessoa isolada da sociedade apenas por motivos estéticos ou sociais, esta pessoa antes de tudo precisa ser reabilitada nas funções físicas, emocionais e de comportamento, no sentido de aprender a receber do mundo tudo o que é fundamental na vida , amadurecer com o lado afetivo muito bem resolvido, amadurecer com o lado físico gostando de si mesmo, amadurecer com o lado comportamental sem ofensas, sem culpas, perdoando a cada dia e aprendendo que as mãos e os dedos seguram e trazem segurança a si mesmo, mas não devem ser usados como armas de auto-flagelo, quando acordamos para a vida em qualquer idade, percebemos o quanto o corpo físico deve ser cuidado , e a emoção e o comportamento vestem este corpo com a importância de realizar e ser alguém de valor e alguém que valoriza o outro com o mesmo respeito que tem por si mesmo.

Miriam Zelikowski.

www.reiki-cabala.blogspot.com

Bioterapia & Odontologia Emocional